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29.8.13

"Há coisas que nem o tempo consegue apagar"

Desiludiste-me. Desiludiste-me mais uma vez. Nós podíamos ter dado certo, nós podíamos ter sido aquele casal que toda a gente elogia, nós podíamos ter sido o tudo um do outro, nós podíamos simplesmente ter sido felizes para o resto da nossa vida. Mas não fomos nem de perto, nem de longe, nenhuma dessas coisas, fomos apenas aqueles que ninguém entendia, que não funcionávamos de maneira alguma juntos mas que não sabíamos estar separados, fomos aqueles que se amavam sem limite.  Sabes, eu não precisava que alguém entendesse o que sentia ou que entendesse a razão pela qual o meu coração gostava tanto de ti, porque eu sabia que tu entendias e isso bastava, isso para mim era tudo. Eu sabia que o meu lugar era nos teus braços, eu sabia que só queria ouvir as tuas palavras, que só queria os teus beijos, que só queria cumprir as promessas que fazíamos juntos, que queria que nós os dois resultássemos. Tu percebias sempre tudo o que eu te dizia nas entrelinhas, como não percebeste que eu gostava mais de ti do que mim própria ou como é que não percebeste que a minha felicidade dependia de ti? Como é que não percebeste que eu dava tudo por ti, até a minha vida, que dava-te tudo o que tivesse e não tivesse só para te ver sorrir?
O tempo passou, tu mudaste, eu mudei, os sentimentos mudaram, tudo entre nós mudou, o que antes era “sim” hoje é “não”, o que antes era “nós” hoje é “tu e eu”, o que antes era “amo-te” hoje é “não sinto nada por ti”, mas uma coisa não mudou, as memórias. Eu lembro-me de cada pormenor do teu sorriso, de cada traço do teu rosto, de cada expressão que utilizavas, de cada brincadeira que tínhamos, de cada beijo trocado, de cada abraçado dado e sei, que tu também te lembras, mas todas essas coisas foram e não voltam, para nossa sorte ou azar, quem sabe..


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